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 O Arco Uma Arma Nobre (Apresentação de André Morais)

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andremoraisce

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MensagemAssunto: O Arco Uma Arma Nobre (Apresentação de André Morais)   O Arco Uma Arma Nobre (Apresentação de André Morais) Icon_minitimeQua Abr 15, 2015 5:27 pm

Olá para todos, encontrei este fórum pelo meu interesse em arqueiria e naturalmente me inscrevi pelas intenções que todos se inscrevem.
Pratico arqueira desde os 12 anos, com arcos artesanais de madeira (arcos longos) quando morava em um sitio onde material e espaço eram bastante disponíveis. Por alguns anos me dediquei a minha carreira profissional e universitária, deixando a prática da arqueiria, mas nunca a paixão pela mesma.
Recentemente retomei a prática com arcos de PVC (Longo e Penebscó) que eu mesmo fabriquei e arcos profissionais adquiridos (Arco Composto 48 lbs Nautika Zoros e Recurvo Jordão 30 lbs).
Digo o bastante, espero poder fazer a minha contribuição.

Já com essa intenção, segue um trecho de um artigo que publiquei em meu site pessoal. Espero que seja útil.

O Arco, uma Arma Nobre
A História não possui registro de quando e onde exatamente foi surgiu uma ideia tão simples, porém tão prática. Qual povo da antiguidade teve a genial ideia de usar a flexibilidade de algumas madeiras para transferir e canalizar a energia do músculo de um homem para um bastão de madeira com uma ponta de osso ou ferro em uma das extremidades e na outra um jogo de penas para estabilizar o voo da pequena "lança"? Não temos a resposta. Mas o que sabemos ao certo é que em toda a cultura, em todos os continentes, alguma forma de arco e flecha pode ser encontrado.
As formas dos arcos podiam varia, aumentando a potência do equipamento por meio de adição de curvas ou utilização de outros materiais, mas aquela tecnologia básica sempre aparecia de alguma forma, chegando até mesmo a impressionante coincidência de a sua versão mais avançada à época, o arco recurvado laminado asiático, aparecer, com algumas variações, desde o Egito até o Japão.
No Egito antigo, arcos laminados feitos de madeira e tendões de animais, angulado em aparência que lembrava uma piramide muito achatada, era importado e usado pela nobreza como símbolo de status e poder físico. Mesmo assim, uma forma mais simples, era vastamente utilizada pelo exército.
No outro lado do mundo, no famoso Império Mongol, desenvolveu-se uma das formas mais famosas de arco recurvado laminado, que consolidaria os melhores avanços daquela tecnologia até a época. Seis meses de trabalho eram necessários para juntar, de maneira mais perfeita, camadas de chifre, posta na parte de trás do arco onde; madeira de sustentação, posta no meio da estrutura; e tendão de animal, posto na parte da frente do arco, tudo colado com cola animal. O cifre, mais resistente, ficava na parte do arco onde maior força de pressão seria exercida. O Tendão, material elástico por natureza, ficava no lado oposto, parte do arco que seria mais tencionada. Além desse processo sofisticado, os artesões mongois também colocavam "pontes" (estruturas rígidas e curvadas) nas extremidades do arco, formando uma grande curva nas pontas do instrumento, e ainda angulavam toda a estrutura no sentido reflexo ao arqueiro (se afastando dele) para aumentar ainda mais a potência do instrumento. O conjunto assim aproveitava o máximo de toda a força de alavanca possível naquele tempo.
Mas o Arco Laminado Asiático, como ficou conhecido o modelo Mongol, não se limitou apenas as regiões da atual China. Mesopotâmia, Grécia, Inglaterra, Império Muçulmano, Turquia, Índia e Japão também possuíam a sua versão do Arco Laminado Asiático. Na Inglaterra, por exemplo, ficou famoso o Arco Longo Inglês, que era feito de Yew, uma madeira com laminação (uma camada de material duro e outra camada de material elástico) unidos pela própria natureza, dispensando o uso de cola animal que era necessário ao modelo Mongol.
Entretanto, qualquer que fosse o modelo utilizado, o Arco e Flecha sempre foi um equipamento que dependia da força do seu usuário. Diferente das armas de fogo, onde é necessário apenas mirar bem e puxar um gatilho, com no máximo a necessidade de ter que suportar o barulho da explosão do cartucho e o coice (recuo) que cada disparo produz, o Arco precisava ser puxado por três dedos (estilo Europeu de puxada) ou então pelo polegar (estilo Mongol) até algum ponto do rosto do arqueiro, segurado naquela posição enquanto fosse feita a mira, e liberado. Nenhum arco libera mais força do que aquela que foi aplicada no momento da puxada. A mira também não é algo calibrado, como acontece no caso das armas, onde se usa até lunetas telescópicas de precisão - no Arco, o instinto e a prática sempre fizeram e fazem parte de um bom disparo. Por isso, para se tornar um bom arqueiro, capaz de usar um arco pesado do modelo mongol ou inglês, uma pessoa ou soldado precisava treinar muito (idealmente desde pequeno) usando primeiro arcos leves e crescendo em potência.
Tais desafios sempre fizeram parte do mundo da arqueria. Mesmo atualmente, com arcos compostos que possuem jogos de polias para facilitar a puxada, o seu uso exige paciência, força física de músculos específicos, e muito treino. Um homem, por mais forte que seja seu porte, não pode simplesmente pegar um arco potente (mesmo os modernos) e dispará uma flecha num alvo entre 30 a 50 metros nas primeiras tentativas, é possível que nem consiga puxar o arco da maneira correta (com os dedos) pela falta de força em músculos específicos.
Uma bela ilustração desses elementos de desafio pode ser observada na cena clímax do filme A Odisséia, 1997, produzido por Francis Ford Coppala. Nela, é dado aos homens que queriam oculpar o lugar de Odisseu, tido como morto, um desafio: armar um arco recurvado (colocar o cordão no lugar) e disparar uma flecha por entre um número de argolas nas pontas de cabos de machados. Nenhuma restrição de distância foi dada: o disparo poderia ser feito a poucos centímetros da primeira argola. Mas, apesar de parecer fácil (qualquer soldado hoje com um fuzil ou pistola militar executaria a tarefa de maneira simples), os homens alí sabiam que era um desafio enorme. Um deles, que nunca tinha usado um arco na vida, nem sequer tentou pois sabia que sem nenhum treino não havia qualquer chance. Outro, tido como um dos mais fortes entre eles, sequer conseguiu armar o arco (não tendo conhecimento ele de que era necessário utilizar o corpo inteiro como apoio para armá-lo). Finalmente, apenas Odisseu, que estava disfarçado entre eles, foi capaz de armar o arco (usando o corpo inteiro como apoio) e disparar a flecha entre as argolas, posto que o equipamento era seu e tinha treinado nele por anos.
Tantos elementos de desafio, que precisam ser superados para o uso profissional do arco e flecha, é que mantiveram essa tecnologia sempre reservada apenas aos que a ela realmente se dedicam, contribuindo para a reputação do arqueiro, que sempre foi visto como alguém talentoso.
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MensagemAssunto: Re: O Arco Uma Arma Nobre (Apresentação de André Morais)   O Arco Uma Arma Nobre (Apresentação de André Morais) Icon_minitimeQua Abr 15, 2015 11:52 pm

Bem vindo...
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